Domingo é um ótimo dia para passear. Hoje busquei um local íntimo mas mutante…
O parque da Redenção.

A maioria busca o parque não pela calmaria ou pela beleza das árvores.
As cores mais vistas não são a dos pinheiros, cogumelos, folhas ou flores.
São as cores das pessoas, dos cachorros, os odores da pipoca e das cocadas de diversos sabores.
O verde das plantas é onipresente, mas dificilmente observado em detalhes.. Serve apenas como pano de fundo para um encontro social de muitas tribos.

Não que seja ruim ou menos interessante visitar este lugar maravilhoso apenas para ver estas coisas, mas existem dias, como o de ontem, onde a exuberância do verde torna-se tão forte que é impossível não notar.

Com a chuva, a água varre as folhas no chão, a terra troca de lugar e os caminhos ganham desenhos em tons de cinza e marrom… As folhas são lavadas, perdem o tom pálido do cimento e das cinzas da cidade e ganham uma tonalidade brilhante, que reflete os raios do sol criando novas sobras e nuances.
Os musgos e cogumelos crescem rapidamente, enchendo os troncos das árvores de um verde intenso e formas frágeis, perfeitamente brancas
As formigas começam a trabalhar e a reconstruir…
As lesmas voltam a andar lentamente, hidratadas pela humidade do ar…

Em um dia após a chuva, o parque mostra suas maiores belezas…
Então, na próxima chuva, não fiquem com medo de sair de casa pela umidade, ou porque o parque estará vazio… Pelo contário… Usem estes dias únicos para aproveitar o que ele tem de melhor. A simplicidade dos musgos e folhas, o cheiro do mato e absorver um pouco da tranquilidade deste ótimo lugar.

Afinal… É exatamente por isso que ele nos faz tão bem e atrai tantas pessoas.

Tirei estas fotos ontem. Pena minha câmera ser tão fraca, existe tanta coisa pra ver e mostrar…