Perdido nas escolhas ele vaga.
ATé ondE os trechos espelhados são visíveis…
Aos poucos o escuro penetra no olhar e ele passa a ver com os olhos negros.
Sem motivação… Sem certeza… Um tesTe para a escolha.
Escolha de ser novamente acuado e modificar sua casca para um concEito…
Escolher novamente o outro a seu lado…
PeNsativo experimenta os prazeres do escuro e obscuro, sentimentos ocultos na nova pelagem alva do inverno (mas q ainda estão lá?? sempre estão… ( Quem tinha feito isso perder o sentido não existe mais… ) E agora, sem sentido, ainda permanece )
O teste tem contratempos… Ele amplia a visão nas turvas formas através das frestas… Cansado, escolhe outra caverna… Outros bichos, criaturas de Deus ( ou não ), também escura e impessoal ( Mais um buraco ( Cores disformes e formas sem cor( Sem sentimentos ou prazer ), animais no cio ) ruido extasiante para poucos, doentio para outros ).
Ele busca uma preza, arrasta ardilosamente pelas curvas macias, mostra seu pelo suave, suas prezas convidativas e abate, sem dó nem piedade… Come a carne com prazer, sente o sangue escorrer pela boca, manchar a pele, pintar de rubro as patas e macular seu ninho com a caça ( o sabor é diferente, fugaz mas intenso ( o vermelho da morte apraz ) ).
Depois de se alimentar, ele dorme…
Sonha com tempos de calor, de fartura ( onde não caçava, tinha ), lembra do macio pelo do seu sonho distante.. lembra do fracasso… Acorda.. Pensa ( preciso continuar ), rosna, limpa o pelo grudado ( agora o sangue, já coagulado, incomoda e suja )… Decide permanecer caçando, comendo a carne sem se preocupar com a dor…
Opta pela solidão…
As escolhas foram feitas, não morrer novamente nas garras do outro. Resistir ao doce e suave cheiro e ao timbre rasgado na voz. Não perder sua unidade nem sua força.
Mas com uma certeza ele permanece ( Um dia alguém precisa lHe dar um presente ), a lança que lhe arrancará o coração do peito e trará fim ao invernO.
Matando o animal caçador e dando sentido ao calor que surgirá na sua meMória(.).