Sabem… As pessoas poderíam encarar o amor e a paixão de tantas formas…

Uma mente brilhante, pouca experiência, vontades, sonhos. O mundo a seus pés e sobre sua cabeça… Pesado como uma supernova, leve como um floco de neve.

O mundo é pouco, o pensamento vaga, devaneia e gira, gira tão rápido que pedaços de consciência fogem da percepção e grudam nas paredes, pedras e no próprio céu por onde ele passa.
Ele não passa, ele fica, ele e seus vestígios de dor, paixão e emoção.

O mundo é pouco, tão pouco que tu desejou tornar-se céu e estar acima dele, obteve seu alento e gira sem terra, viaja, devaneia e deslumbrado com os pontos brilhantes sobe cada vez mais… As vezes te puxam, o peso de ti e do tempo… Relutante sobe mais um pouco, paira mas vê de cima…

O mundo é pouco meu amigo… Mas, o desejo é forte…
E o fogo, calor, pele e gosto de um mortal, simples, terreno… Forte…
Este terror brota e te faz girar mais forte, sai do prumo e vaga para outros lugares… Um furacão dicotômico desgovernado lascando e sulcando o vento e o vácuo… Sentindo, e, por que não amando?

O mundo é pouco, mas talvez seja suficiente…
Suficiente um beijo, um abraço ou apenas, ver o perfume do corpo, o timbre da voz e alma, o som do nada quando o ápice chega.

Ele te encanta, te surpreende… Sua preguiça, raiva, humanidade, terra e carência te consome… Aquilo que não poderia acontecer acontece… Realmente, definitivamente, o giro perene mas instável, agora mais ainda, agora sem sentido e com todo todas as voltas do tempo na mente, e na sua consciência o sentido de tudo o que pode e é confuso fica absurdamente perdido.

O mundo é pouco, mas é tudo o que tu tens. E mesmo na dúvida tu tens, ele também duvida, se entrega, se fecha. Não sabe como deve ou se.

Nas histórias ele viaja, na terra, encravado como a raiz de uma árvore secular. Uma árvore que viu o mundo girar várias vezes sobre sua cabeça, viu a chuva e as suas folhas caírem no outono, e entendeu porque o mundo continua dando voltas. A vida, os animais que passaram e ficaram tempos embaixo da sua copa tomando sombra ou abrigados dos raios da tempestade… Ele tomou os raios pelos outros meu amigo viajande das estrelas…
Tomou o sol pelos papagaios, javalis e vermes… E se enterrou cada vez mais no fundo para poder e ser o que é…

O mundo é pouco, mas é sublime em seu tamanho. A sua leveza é perturbada pela copa, pelo tronco macico e pela certeza das raízes, tu pensa que o tronco não se move, mas o seu vento espacial penetra fundo no cerne, enfraquece as fibras dos séculos e torna maleavel as histórias e a direção. As raízes querem flutuar, as fohas balançam como nunca fizeram na mais forte tempestade e o orgulho e força são substituídos pela dor da mudança.

Agora o cerne pesado futua… Um dia, talvez hoje ou quando, o giro esteja em um mesmo ponto. Talvez a força do tempo e da terra se equipare com a leveza e sonhos do éter… As raízes sejam substituídas por asas e o vento do pensamento consiga sustenta-lo a uma altura segura. O giro dos sonhos, em vez de buscar, trará as estrelas para perto e o mundo estará mais iluminado por esta figura única…

O mundo é pouco, mas é onde tudo acontece… E o tudo do mundo, mesmo pequeno, é o sentido. O céu só existe para que a noite e o dia existam e de nada adianta o céu sem a terra para vislumbrar as estrelas.

Acima de tudo está o tempo e ele pode tudo…

Prefiro encarar o amor como um momento. O segundo de união, o abraço apertado e aquele instante em que os corpos dançam enquanto uma omelete está no fogo.
Não deixa de ser Irônico.. Eu já amei… Talvez mais do que uma pessoa pode amar, tão proibido que o tempo não permitiu. Mas sou feliz por ter tido um segundo ou dois deste momento perfeito.
Estou gratificado por me emocionar com a tua história Viajante. E nas tuas dúvidas e nas dúvidas dele eu vejo uma grande acontecimento nestas vidas… Sabe, lembrando do que eu ouvi outro dia.. Preciso crescer e viver com alguém… É, talvez, realmente seja a forma. Posso te desejar tudo o que o tempo pode oferecer, seja bom ou ruim, mas seja transformador.