Lembrança – Dia dos Namorados
Fazem tempos que o tempo não importa
Flui pra longe e pra perto.. Rápido ou lentamente…
Em movimento
O Tempo
Nas quebradas, mais intenso
Nas paradas, quase deixa
Em todos os lugares, comigo
Sempre
Então hoje acompanha
E retorna 1 ano atrás
É tempo…
Em incertezas e desespero
Em certezas do fim
Certezas de destruição e fogo…
E Esperança…
Eu estava feliz com o Tempo
Preparando o dia dos namorados
Com quem realmente importava…
Mas
O dia veio.
Desculpas, jogos, discussões, vazio e nada mais.
Tudo sem sentido… O Tempo andava lentamente naqueles dias e seu movimento doía…
Não consegui dormir, chateado…
Um misto de carência
falta de compreensão do mundo, da dor.
Simples necessidade
Ignorância e autopiedade…
Neste dia chorei pela milésima vez
O Choro verdadeiro do amor não correspondido…
A sensação de fazer tudo o que sabe e dar tudo o que pode
sem entender porque não pode receber nada em gratidão e verdade
Mendigar por carinho e ouvir que era tudo o que podia receber
Qualquer coisa…
Compreensão… Das suas inseguranças e desconhecimentos…
Ganhar o que tinha para se ter, quase nada
Contentar-se com as esmolas
Tendo vislumbrado o salão de tesouros,
Sabendo e entendendo que aquilo que ganhava era muito pouco pra provar
O meu amor maior que o nosso…
Hoje aquele ouro lembra tolice
Dinheiro falso, jogado aos mendigos
O Sentimento ainda permeia minha alma, pois o amor é eterno.
Mas a verdade não existe mais.
Sinto uma ponta de tristeza por pensar nisso.
Mas já confiei no tempo uma vez
E ele não me desapontou
Agora
Com tempo Viva bem este dia.. Prepare
Monte o altar, espalhe as pétalas sobre a cama
perfume o ar, a mente e o corpo…
Gere satisfação
Ame incondicionalmente e releve…
Durma ao lado de quem se ama e mesmo que não ame com tudo
Mostre tudo o que pode para quem se quer.
Não seja falso…
Pra que, no próximo tempo
Não tenha lembranças como a minha
E mesmo que as lembranças não sejam boas
Que sejam lembranças prósperas…
Disso não posso reclamar
Foi ruim, mas foi necessário…