Divagando sobre o fim
Assunto cabeludo…
Falar sobre o fim dos relacionamentos…
Estou convencido de que “tudo que tem um início tem um fim”…
Este fim pode ser a Morte, no célebre “até que a morte nos separe”,
pode ser um beijo em outra pessoa numa festa, pode ser um tapa…
Pode ser dar encima da namorada da amiga ou do amigo.. enfim..
Bom, no meio disso e antes do fim, tem umas coisas pra se pensar… Aparentemente um relacionamento nunca acaba, ele se transforma. Estes dias mesmo eu estava pensando em uma pessoa q tive uma história na virada do ano.. Como é que ele está eu me perguntava… Sem mágoas, só curiosidade mesmo. Ele tinha umas coisas legais q eu lembro e cumpriu seu papel no meu caminho, mas o que eu senti por ele nos momentos bons não foi embora e as coisas ruins, nem eu sei se era eu o problema ou ele.
Outra coisa, num termino de relacionamento, os dois lados sentem. Depois de um tempo tu passa a perceber o que o outro lado pensou e tu entende que este lado também sentiu… Ou seja… Todos mudam…
Também, um relacionamento nunca acaba por esgotamento, sim por falta de experiência ou sincronia, ou novos objetivos, enfim… Nunca esgotamento… Ousada esta frase mas deixa eu explicar melhor o meu ponto de vista… Penso que as pessoas ficam sem ter o que compartilhar porque perderam a sincronia, o diálogo acabou ou cada parte prefere seguir um caminho diferente. Falo isso em casos onde os afetos moram em cidades diferentes por exemplo, por um tempo as coisas parecem perfeitas, depois descobre-se que o mundo de cada um vai seguir um caminho diferente e o contato torna-se desnecessário, pelo menos por um tempo.
Então, vou retomar do início… Pensamos que um relacionamento tem um início, meio e fim, mas o fim necessáriamente não é eterno… Então da pra dizer que o fim é um tempo longo, suficiente para que as partes voltem a se entender e construir novas sincronias (se necessário).
Os motivos do fim são os mais variados… Posso falar de alguns dos que eu senti, canibalismo emocional (esse da minha parte infelizmente), falta de compreensão, perder o tesão, perder o interesse, desistir de se adaptar, optar por uma amizade, não ter afinidades suficientes pra sustentar alguma coisa, não sentir estabilidade, sentimento de traição, sentimento de menosprezo… São tantos!
O incrível dos motivos é que no início a sincronia parece perfeita… Tudo na pessoa te apraz, tudo te traz deslumbre e experiências, sente-se a necessidade da permanência eterna, mas no fim, as coisas se desgastam e cada um quer uma coisa diferente… A imagem que geramos da pessoa transforma-se da coisa mais linda para a coisa mais terrível!. Partir pra outra ou conversar e conversar sobre tudo, quando o dialogo é impossível (o estrago já é grande demais para ser corrigido com papo ou intimidade) ai não tem mais jeito..
E agora, como conduzir o fim, ou o tempo?
Simplesmente seguir em frente e evitar conversar, discutir.. Abandonar o barco afundando e esquecer que um dia esteve neste barco?
Meio egoísta este método, covarte até, mas, bastante eficaz…
Gerar raiva? Fazer coisas para que o outro lado transforme o bom em ruim… Extremamente destrutivo, a dor vem rápido e é difícil retomar no futuro.
Transformar a história em uma amizade?
É plausível, mas geralmente gera uma quantidade extrema de carga emocional que fica retida, e um dia ela explode nas situações acima.
Conversar e acordar o fim?
A mais certa, célebre e a MENOS comum de todas… Os lados não entendem o fim e acabam tentando reaproximar-se antes da hora.
No fim, mesmo, em todos eles, com o sofrimento vem o autoconhecimento, a compreensão (que demora mais pra uns do que pra outros).. E depois deste período as mentes estão curadas…
O tempo passa e o fim perde o sentido quando os problemas terminam…
Deixa de ser fim e passa a ser uma história, uma lenda, como o caso que contei no início… Nunca mais pensei neste cara, mas agora surgiu curiosidade sobre o seu estado.
Infelizmente fiz com ele o mesmo que fizeram comigo, e estou fazendo isso com uma certa frequencia.. Simplesmente apaguei ele da minha existência e da minha mente e por mais que ele quisesse conversar eu simplesmente esqueci que ele existia, ignorava suas mensagens e nao me preocupava com o seu estado.
Agora sinto um pouco de saudades e curiosidade de saber se o que fez com que eu não quisesse estar com ele.
Mas, na minha percepção ele ainda não está pronto pra topar comigo novamente (senão toparia).
Vou esperar um tempo até ele estar sincronizado comigo novamente e, quando isso acontecer vamos nos aproximar.
Penso que é tudo ação e reação, atração e repulsão… Um dia, os relacionamentos que tiveram um “pseudo” fim vão ser completamente compreendidos, e quando tivermos novamente afinidades para serem compartilhadas nos aproximaremos novamente e ai a coisa vira amizade ou um novo relacionamento, onde as partes se entendem bem melhor que antes e talvez demore mais (ou nunca) para perderem a sincronia…
Ai entra o “Até que a morte nos separe” …
Concordo com quase tudo q vc escreveu… alias, parece eu falando e mencionando jung rsrsrs
e fico feliz de vc ter uma visao um pouco mais otimista q a minha… q pode haver uma sincronizacao novamente…
enfim, parabens pelo texto =) sempre dou uma passada aqui, volto agora com mais frequencia…