Cadeia de Carbono
Somos obrigados a aceitar nossas ligações com o passado, presente e futuro.
Tal qual nossa composição e a do mundo que nos cerca…
Não temos como fugir dessa sequência de termos e fatos que geram nossa humanidade, podemos apenas aceita-la e recombinar com novas sequências…
Nas recombinações, dependendo da força das ligações, composição e pressão pode ser gerado o diamante mais puro ou apenas um pedaço negro de carvão… No fundo tudo é a mesma coisa, mas a aparência engana.
O carvão, mesmo com a aparência suja, é uma fonte imensa de energia e vida
O diamante, em sua forma cristalina, perfeita e extremamente rígida, acaba por servir apenas para despedaçar ou ostentar.
As aparências engnam…
Prefiro ser e estar em forma de carvão, recombinando e aperfeiçoando os traços da minha vida… buscando construir pedaços perfeitos em uma estrutura amorfa.
Não pretendo ser diamante por completo.. Não hoje, talvez nunca… Prefiro sentir o fogo da dúvida e o fluxo das coisas, absorvendo e ocultando partes promissoras em um escudo cristalino, perene, impenetrável e negro.
Assim inicia a nova jornada…
A nova meta e novos padrões, novos sonhos,
novos pesadelos e novas desilusões.
Estamos presos na cadeia de carbono, presos na roda dos mundos e presos no tempo e no espaço… Ontem, agora, amanhã e sonho…
O tempo ganha mais um elemento… Absorve e consome a terra e os minerais…
Absorve e consome…
Destrói…
Transforma…
Vive, morre e mata…
Olha, os limites é que mostra o que devemos fazer dentro deles. Não adianta descrever como as coisa são incondicionais e vagas, como se não tivesse propósito ou sentido.
Acho que o verdadeiro humano se demonstra dentro do tempo e das transformações. Então isso não anula nada, nenhuma responsabilidade.