O Cisne Negro

Espetacular, fantástico, incrível, inacreditável…
Acabei de ver o filme que deve ganhar a maioria de “oscares” deste ano.
Trata-se do Cisne Negro.

Juro que estava com medo, haviam falado tanto deste filme…

No trailer tu ja tens noção dos problemas da “Nina”, personagem principal, uma dançarina em ascenção com problemas de auto-aceitação, uma mãe extremamente controladora e um espetáculo magnífico. Onde ela precisa encontrar seu lado mais escuro e cortar laços com sua notória meiguice e simplicidade perfeccionista e metódica para interpretar um personagem com duas facetas opostas.

Eu achei que seria um “Clube da Luta” de 2011, com uma idéia similar…

Eu estava absolutamente enganado.

O que eu assisti me deixou extremamente impressionado.

Uma montagem fantástica, contando uma boa história sem precisar de explicações enfadonhas.
Efeitos visuais sutis e muito bem trabalhados, expressando de uma forma inovadora idéias subentendidas, uma interpretação perfeita da Natalie Portman. Um ritmo pausado e interessante, que cresce com o passar dos minutos e transforma a história sem deixar o espectador cansado.
O final, embora relativamente previsível, guarda o truque da música e da montagem. Fiquei atônito, sem saber o que pensar, mesmo entendendo completamente o significado de tudo aquilo.

Estou empolgado, por isso tantos elogios, talvez após a adrenalina passar e o cérebro voltar ao normal eu consiga digerir adequadamente tudo o que a história conta e, ter uma visão crítica.
No momento estou extasiado como poucas vezes fiquei ao ver um filme.

Só consigo pensar em como somos idiotas, perdendo nosso tempo, presos a bareiras impostas pela nossa própria personalidade… Escondendo nossa visão, nossas facetas menos convidativas.. Transformando as possibilidades em uma infinidade de desculpas para se prender ao cotidiano e consequentemente viver uma vida controlada e determinada.

Podemos mais, podemos tudo. Aprendemos e evoluímos, desatamos os nós que cada amigo, parente e relacionamento amarrou em nossa personalidade.
O preço disso pode ser a loucura, pode ser a instabilidade…
Mas seremos nós, inteiros…

Perfeitos

Trailer e Críticas:

http://www.adorocinema.com/filmes/cisne-negro/
http://www.omelete.com.br/cinema/cisne-negro-critica/ (O Omelete sempre detona…)
http://www.parana-online.com.br/colunistas/332/83659/ (Boa crítica.. mas Paraná Online??!!)
Crítica do Terra

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2 Comments

  1. “Só consigo pensar em como somos idiotas, perdendo nosso tempo, presos a bareiras impostas pela nossa própria personalidade… Escondendo nossa visão, nossas facetas menos convidativas.. Transformando as possibilidades em uma infinidade de desculpas para se prender ao cotidiano e consequentemente viver uma vida controlada e determinada.”

    Tenho a mesma sensação que você descreveu, em relação ao filme. Já o vi faz algum tempo e ainda não consigo descrever o que mais me atingiu na trama. Talvez a “loucura” de Nina. Ainda tento entender como a esquizofrenia é algo estarrecedor, que ao passo em que pode fazer com que nos sintamos fracos, pode nos fazer sentir gloriosos, e mais, pode nos tornar uma ou outra coisa.
    Mas me fez enxergar a “loucura” de um outro ponto de vista. É bem certo, quando você diz que vivemos uma vida determinada, e mais que isso controlada, onde o parâmetro de normalidade ja esta estabelecido. Talvez nos tornemos loucos por não existir realmente liberdade, seja ela de expressão ou ligadas as ações corriqueiras. Eu quero ser louca se isso significar romper com os parâmetros dessa vida determinada. Eu quero ser a mulher que desejo ver no mundo.