Modo Sobreviver
Acabei de chegar de uma caminhada do cachorro quenTe.
Só pessoas estranhas na rua.
Este bairro está cada vez pior.
Uma melancolia, uma tristeza.
….
Pensando nas escolhas…
Como alguém podE preferir o desconhecido ao certo.
Como trocar quem se ama por um futuro amor que nem sabe se existe.
Na épocA de D. eu ainda sabia os motivos pelos quais fui abandonado. Agora nem isso eu entendo direito.
Fico pensando em um dia a dia juntos, sonhando com carinho, intimidade e compreensão.
Em um chimarrão de fim de tarde e um beijo antes de dorMir.
Um café da manhã reforçado e um bom dia baixinho com um abraço apertado.
Nas mãos dadas nO cinema, da risada simpática e genuína e nas piadas sem graça que acabam cativando. No sorriso lindo, aquele semblante de menino e o tom de voz macio que acalmava meus ouvidos e meu coração.
Penso nas covinhas que batizei, no cheiro suave da pele, na textura do corpo que eu conheço tanto quanto o meu. Na mão acariciando o rosto enquanto o amor acontece, nos gestos e suspiro quando cheGamos ao ápice juntos.
Penso no rosto Imaculado, dormindo. E aquele ronco suave e tranquilo soando como uma canção de ninar.
Quantas vezes me emocionei por imaginar que eu fazia parte dos sonhos dele enquanto observava seu sono.
Gostava tanto da empolgação antes de uma viagem. Até de ser útil quando não tinhA ido bem em uma prova e precisava de um colo.
Sentia que podia entender cada detalhe e nuance da sua personalidade.
Sinto saudade de um tempo que não existe.
Um tempo que durou menos do que meu coração podia suportar.
Foram esgotadas as esperanças naquilo que era bom e perfeito. Em coisas e com histórias que nunca foram significaNtes perto da imensidão do que eu sinto.
Pesos errados. Medidas descabidas. Pensamentos e reações superestimados. Histórias mal contadas e memórias sem sentido.
Agora não há mais tempo, há apenaS um espaço maior que meu coração dentro dele mesmo, desafiando as leis da rEalidade física.
O vácuo e tão imenso que suga todos os sentimentos, vontades e necessidades. Sobra menos do que nada.
Assim mostro Meu pior lado.
Uma reação natural ao que Pôde acontecer.
Estou em “modo sobReviver”. Um estado lastimável, onde vivo o momento sem dor nem felicidade. Como não existe nada mais pra sonhar, acabo parando de dormir. Ou dormindo pra não morrer.
Me alimento da comida que está mais fácil de conseguir. Vejo o filme do primeiro canal que coloco. Vou ao primeiro lugar que me convidam com a companhia que for. Bebo a cerveja que tem e vou embora quando alguém diz que é hora de ir.
Falo as coisas que mE vem a cabeça e não me comovo quando machuco alguém.
Neste estado sou transformado em uma máquina. Um pequeno demônio desalmado feito de metal e sangue coagulado.
Uma entidade movida a percepção e pelo vazio, sem noção da dor e do desespero de quem está sendo triturado pelo caminho.
Assim eu erro… Acumulo carma negativo para sofrer noVas desilusões. Mas também sou imune a dor.
Não tenho alternativas. Não descobri outra forma de encarar estas situações a não ser sendo assim.
Me tornando no monstro que tu sempre teve medo que eu fosse.
Uma vez eu disse que eu sou movido a sonhOs.
Sem sonhos minha alma adoece e quem manda no meU corpo é o caçador.
Só pessoas estranhas na rua.
Este bairro está cada vez pior.
Uma melancolia, uma tristeza.
….
Pensando nas escolhas…
Como alguém podE preferir o desconhecido ao certo.
Como trocar quem se ama por um futuro amor que nem sabe se existe.
Na épocA de D. eu ainda sabia os motivos pelos quais fui abandonado. Agora nem isso eu entendo direito.
Fico pensando em um dia a dia juntos, sonhando com carinho, intimidade e compreensão.
Em um chimarrão de fim de tarde e um beijo antes de dorMir.
Um café da manhã reforçado e um bom dia baixinho com um abraço apertado.
Nas mãos dadas nO cinema, da risada simpática e genuína e nas piadas sem graça que acabam cativando. No sorriso lindo, aquele semblante de menino e o tom de voz macio que acalmava meus ouvidos e meu coração.
Penso nas covinhas que batizei, no cheiro suave da pele, na textura do corpo que eu conheço tanto quanto o meu. Na mão acariciando o rosto enquanto o amor acontece, nos gestos e suspiro quando cheGamos ao ápice juntos.
Penso no rosto Imaculado, dormindo. E aquele ronco suave e tranquilo soando como uma canção de ninar.
Quantas vezes me emocionei por imaginar que eu fazia parte dos sonhos dele enquanto observava seu sono.
Gostava tanto da empolgação antes de uma viagem. Até de ser útil quando não tinhA ido bem em uma prova e precisava de um colo.
Sentia que podia entender cada detalhe e nuance da sua personalidade.
Sinto saudade de um tempo que não existe.
Um tempo que durou menos do que meu coração podia suportar.
Foram esgotadas as esperanças naquilo que era bom e perfeito. Em coisas e com histórias que nunca foram significaNtes perto da imensidão do que eu sinto.
Pesos errados. Medidas descabidas. Pensamentos e reações superestimados. Histórias mal contadas e memórias sem sentido.
Agora não há mais tempo, há apenaS um espaço maior que meu coração dentro dele mesmo, desafiando as leis da rEalidade física.
O vácuo e tão imenso que suga todos os sentimentos, vontades e necessidades. Sobra menos do que nada.
Assim mostro Meu pior lado.
Uma reação natural ao que Pôde acontecer.
Estou em “modo sobReviver”. Um estado lastimável, onde vivo o momento sem dor nem felicidade. Como não existe nada mais pra sonhar, acabo parando de dormir. Ou dormindo pra não morrer.
Me alimento da comida que está mais fácil de conseguir. Vejo o filme do primeiro canal que coloco. Vou ao primeiro lugar que me convidam com a companhia que for. Bebo a cerveja que tem e vou embora quando alguém diz que é hora de ir.
Falo as coisas que mE vem a cabeça e não me comovo quando machuco alguém.
Neste estado sou transformado em uma máquina. Um pequeno demônio desalmado feito de metal e sangue coagulado.
Uma entidade movida a percepção e pelo vazio, sem noção da dor e do desespero de quem está sendo triturado pelo caminho.
Assim eu erro… Acumulo carma negativo para sofrer noVas desilusões. Mas também sou imune a dor.
Não tenho alternativas. Não descobri outra forma de encarar estas situações a não ser sendo assim.
Me tornando no monstro que tu sempre teve medo que eu fosse.
Uma vez eu disse que eu sou movido a sonhOs.
Sem sonhos minha alma adoece e quem manda no meU corpo é o caçador.